Marcelo denuncia “pretensos medianeiros” da paz

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A administração norte-americana felicitou hoje o povo da Ucrânia pelo 34.º aniversário da independência e manifestou confiança em negociações de paz com a Rússia que permitam uma paz duradoura.
“Acreditamos numa solução negociada que defenda a soberania ucraniana e garanta a sua segurança a longo prazo, levando a uma paz duradoura”, afirmou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, numa mensagem divulgada pelo Departamento de Estado.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, pretende organizar uma cimeira entre Zelensky e o homólogo russo, Vladimir Putin, mas tem manifestado nos últimos dias impaciência sobre as posições Moscovo em relação a uma solução para a guerra.
Trump, que prometeu durante a campanha eleitoral acabar com a guerra na Ucrânia em 24 horas, já se reuniu com Putin no Alasca, em 15 de agosto, e com Zelensky e líderes europeus, três dias depois.
Na mensagem sobre o dia da independência, Marco Rubio afirmou que “os Estados Unidos estão comprometidos com o futuro da Ucrânia como nação independente”.
“Enquanto prestam homenagem à história da vossa nação, os Estados Unidos esperam continuar a construir a nossa parceria económica e de segurança para um futuro pacífico e próspero para ambas as nações”, acrescentou Rubio.
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A Rússia culpa a Ucrânia por ataques com drones a uma central nuclear na região ocidental de Kursk, afirmando que várias instalações de energia e eletricidade russas foram alvo de ataques durante a noite. A informação é reportada pela BBC.
Não houve feridos e o incêndio foi rapidamente extinto, informou o serviço de imprensa da central através da aplicação de mensagens Telegram, cita o meio britânico. Segundo o comunicado, o ataque danificou um transformador, mas os níveis de radiação estavam dentro dos limites normais.
O governador regional disse que cerca de 10 drones ucranianos foram abatidos e que os destroços provocaram o incêndio. Até ao momento, a Ucrânia não comentou as acusações russas.
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SERGEY DOLZHENKO/EPA
O Presidente da Ucrânia felicitou hoje os ucranianos pelo dia da independência com uma mensagem emotiva sobre a aspiração a uma paz justa, segura e duradoura, em contraste com mensagens mais combativas dos anos anteriores.
Num vídeo gravado na emblemática praça da Independência de Kiev, Volodymyr Zelensky destacou a unidade dos ucranianos, que nenhuma “ocupação temporária” pode mudar, mas sem prever uma libertação rápida dos territórios sob controlo russo.
“Um dia, a distância entre os ucranianos desaparecerá e estaremos novamente juntos como um país e uma família. É apenas uma questão de tempo”, prometeu, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Kiev recusa fazer concessões territoriais em eventuais negociações de paz e exige que sejam retomadas as fronteiras originais de 1991, quando se tornou independente na sequência do colapso da União Soviética, de que fazia parte. Tais exigências significam a devolução da Península da Crimeia, que a Rússia anexou em 2014.
Zelensky advertiu que a Ucrânia está em condições de retaliar os ataques russos e danificar as infraestruturas estratégicas se a Rússia não concordar com um cessar-fogo. “Ninguém pode proibir-nos esses ataques, porque são justos”, defendeu.
Com mais efetivos e meios, as forças russas têm avançado nos últimos meses na frente da batalha, sobretudo no leste, onde declararam a anexação de Donetsk e Lugansk em 2022, juntamente com Zaporijia e Kherson. Zelensky disse que a Ucrânia já demonstrou que foi capaz de resistir ao “segundo melhor exército do mundo” e defender com sucesso a sua independência.
Afirmou que não haverá nenhum compromisso vergonhoso para alcançar a paz e que Kiev aspira a um acordo digno e abrangente que garanta a segurança. “Só nós decidiremos o nosso futuro”, declarou.
Zelensky prometeu que a Ucrânia receberá dos aliados “garantias de segurança tão fortes que ninguém pensará em atacar” novamente o país.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, publicou uma nota a propósito do Dia Nacional da Ucrânia na qual acusa a Rússia de violar a independência do país e criticando os “pretensos medianeiros” da paz.
Por ocasião do 34.º aniversário da independência da Ucrânia, “o Presidente da República envia à Ucrânia, ao Povo Ucraniano e ao Presidente Volodymyr Zelensky um abraço ainda mais solidário”, lê-se na carta divulgada pela presidência na manhã deste domingo, em que Marcelo Rebelo de Sousa explica porque diz “ainda mais solidário”.
“Porque, agora como nunca, convém ao invasor que violou essa independência, fazer de conta de que não houve invasão. E de que é possível avançar para acordo de paz sem cessar-fogo e usar o acordo de paz para negociar parcelas do território ucraniano que ocupou e continua a tentar ocupar”, afirma o chefe de Estado português.
Marcelo denuncia também que “surgem e surgirão pretensos medianeiros que, ainda há meses, eram entusiásticos apoiantes da Ucrânia e confundem, ostensivamente, paz digna, duradoura e respeitadora dos valores e princípios do Direito Internacional com o que convém a quem invadiu, ocupou e ocupa e tudo fez para ganhar tempo e apagar memória”.
“Portugal não muda de valores e princípios, nem muda de lado”, garante o Presidente, reforçando que o país “continua ao lado da Ucrânia e sua independência, como antes de 2022, em 2022, 2023, 2024. Sempre”.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, está a preparar um encontro entre os líderes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, e tem falado em cedência de território.
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Ucrânia diz que Rússia realizou 450 ataques nas últimas 24 horas
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